Está em fase de divorcio e tem filhos?

Está em fase de divorcio e tem filhos

A realidade das famílias mudou, e muito, nos últimos anos. Temos diversas configurações diferentes para explicar. Esse post é pra te ajudar a enfrentar esse momento tão delicado.

Como sabem, sempre busco transformar esse momento em algo menos traumático para as famílias, especialmente quando existem filhos, e com mais afinco se são menores de idade. Mas é muito difícil conseguir ajustar tudo, aparar as arestas do ex-casal sem algum tipo de dor. O apoio do profissional em saúde mental faz imensa diferença durante o processo de divórcio.
É muito comum as famílias buscarem culpados, tentarem forçar o outro a entender sua dor, o que não resolve muito, e na maioria das vezes aumenta as mágoas.

Vemos no escritório famílias disputando um ponto que, no final, é a mesma coisa que todos querem mostrado de forma diferente, contaminado com mágoas e palavras impensadas. Aqui sempre buscamos, dentro das possibilidades, trazer a família para o ambiente da mediação, que é quando desenhamos a melhor forma de convivência, abrimos espaço para que as pessoas digam como se sentem, aparem as arestas, tudo sob o apoio de equipe interdisciplinar preparada para atender famílias com as mais diversas configurações.

Para isso, buscamos praticar o divórcio humanizado, levando em consideração os direitos de todas as partes, pensando no futuro, em como poderia ser se os muros construídos pelas brigas caíssem e as pontes estivessem funcionando, tornando a convivência entre as famílias melhor a cada dia.
Para organizar e tornar mais calma a adaptação dos filhos, é importante se atentar às diferenças nas modalidades de guarda e convivência. Lembrando: guarda unilateral não quer dizer que o outro genitor perde o poder familiar e o outro pode até sair do país sem anuência do outro, o que está muito longe da realidade. Apesar do que o senso comum imagina, a guarda unilateral não trata de onde a criança vai morar, e sim de quem tomará a maioria das decisões. Pessoalmente acreditamos que a guarda unilateral é injusta e deixa o genitor que a detém com a maior parte da responsabilidade, o que não é bom para os filhos, exceto em situações específicas de violência e risco ao menor. O recomendado para o melhor interesse dos menores é a guarda compartilhada.
Da mesma forma, guarda compartilhada não quer dizer que a criança vai morar em 2 endereços diferentes, metade do tempo com um e a outra metade com outro genitor. Imaginam que com a guarda compartilhada a criança vai ficar cada dia em um endereço e não haverá pagamento de pensão. Sintetizando bastante, guarda compartilhada quer dizer que ambos os pais terão voz nas decisões do menor, que o menor será responsabilidade de ambos, com o melhor de cada um dedicado ao desenvolvimento e felicidade dos filhos.
Tanto na guarda compartilhada quando na unilateral é recomendado que os filhos tenham um endereço base, um lar para chamar de seu, com seus pertences, sua segurança psicológica e conviva com o outro genitor da forma mais livre e constante posspivel, sendo permitido que também tenha ali seus bens, um quarto particular, mas que fique esclarecido onde é o endereço da criança. Em Minas Gerais são muito poucos os casais que mantém seus filhos na chamada residência alternada, que consiste em viver metade do tempo com um dos pais e metade com o outro, mas apenas em casos muito específicos, delimitado e o ex casal com muita harmonia.


Isso porque a criança precisa de um parâmetro para que se desenvolva, tem que manter uma base. E regras. Cada genitor trata de uma forma, e quando existe conflito, muitas vezes um contradiz o outro numa disputa de poder que não beneficia a ninguém, só coloca os filhos numa situação sem referência, sem lar e sem regras corretas, porque não saberá quando ou a quem responder, com grandes chances de se tornar um adulto depressivo, incapaz de tomar decisões, ou com uma percepção distorcida da realidade.
Importante lembrar que os bens adquiridos podem ser partilhados de diversas formas, a depender do regime em que foi feito o casamento. Aqui abrimos um parêntese para dizer que quando existe união estável sem qualquer tipo de formalização, o regime da partilha será o da comunhão parcial de bens, situação em que os bens adquiridos na constância do casamento serão partilhados de modo igualitário sem necessidade de comprovação do que foi investido por um ou por outro.

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) criou um curso gratuito de 20 horas para pais que estão em processo de separação.
São ofertados cinco módulos, que recomendo sempre que percebemos um entrave.
1 foco nos adultos
2 foco nos filhos
3 sobre o pai ou mãe que vai ficar com a guarda da criança
4 sobre alienação parental
5 sobre escolhas.

O curso é on-line e gratuito.
Inscreva-se aqui: https://www.cnj.jus.br/formacao-e-capacitacao/oficina-de-pais-e-maes-online-2/

Ainda tem dúvidas? Marque uma consulta.

Luciana Rezende
Advogada especializada em Famílias e Laços familiares

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