ADVOCACIA FAMILIARISTA
A advocacia familiarista é um ramo que demanda antes de mais nada empatia. Raramente os clientes chegam sem dor.
Buscamos atentar às necessidades pessoais, sentir os sentimentos daquela pessoa frágil, para em seguida focar na solução. O advogado familiarista é um altruísta, que percebe o fim do casamento como uma tarefa para se doar enquanto tenta construir uma nova configuração familiar com o mínimo de mágoas para todos.
Não há que se pensar em direito de famílias sem imaginar que o fim de um relacionamento trouxe a pessoa à minha porta. E sempre aquele ser está magoado, ou magoou alguém, e busca uma proteção que só o judiciário pode conferir. Pois então, o advogado é aquele que recebe sua dor e tenta transformar em paz.
Encarando o cliente como único, e tratando seu problema como dor, quando assim é, o trabalho toma dimensões de solução. Trabalhamos em parceria com profissionais da área da saúde mental, como psicoterapeutas, para verificar a solução no todo, porque quando existe problemas de famílias, o psicológico é abalado.
Aqui não atuamos conforme ideologias, então a mulher será atendida com toda a atenção e cuidado que merece, e o homem também. Mas sempre focando nos menores e incapazes, estes seres que não podem se defender por si só.
Confesso que o foco do meu trabalho é trazer às crianças um lar calmo, e para isso antes de qualquer ação de guarda iniciar busco aplicar conhecimentos adquiridos na área de parentalidade, conversar com as crianças quando possível, e em seguido encaminhar para o profissional da saúde mental, que está habilitado a dizer se existe ou não violência, em qualquer das suas espécies.
Havendo violências iremos movimentar não apenas o judiciário, mas todas as esferas do poder público capazes de trazer solução.
No Direito das Sucessões a objetividade precisa ser mais utilizada, visto que aqui tratamos da partilha de bens. Mas o entendimento é que as pessoas precisam de atenção, que suas dores sejam vistas e tratadas. Enquanto levantamos documentação e preparamos o processo, existe a busca de apaziguar a dor e conflitos deixados pelo fato da sucessão, conciliação entre herdeiros, legatários e meeiros. A dor aqui presente é difícil, mas tratamos nosso cliente com a necessária atenção.
E aqui entramos numa área que, em razão dos divórcios e inventários veio ao portifólio. As partilhas, sejam entre vivos ou não, muitas vezes envolvem imóveis que os possuidores não deram prosseguimento no registro, ou ainda são possuidores de longa data, ou ainda tiveram construções irregulares, ou mesmo possuem financiamento.
Parecem situações insolúveis, e aqui abrimos um parêntese para falar sobre a imensa quantidade de imóveis irregulares em território nacional, por pura e simples desinformação.
A maioria das pessoas entende de forma equivocada que a simples escritura traz a garantia da propriedade, E aí começam os problemas.
Mas onde existem problemas, onde existem tretas, ali estarei. Ali estaremos, e vamos juntos atuar buscando a solução.
Luciana Rezende Caldeira